-
Arquitetos: Justin Humphrey Architect
- Área: 470 m²
- Ano: 2018
-
Fotografias:Andy Macpherson Studio
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este projeto é uma pesquisa rica e tátil dos limites e bordas. Os limiares entre o espaço público e privado são explorados dentro da casa, juntamente com um teste da borda entre a casa em relação a seu contexto externo. Esta borda era um fator importante devido fato do terreno ser adjacente a um loteamento, permitindo a oportunidade de se envolver com a vizinhança em três lados. No contexto do Sanctuary Cove é comum prever as restrições de cada lote para orientar a necessidade de construir um limite ao longo dessas barreiras.
Uma resposta satisfatória e recorrente a tal restrição foi sendo desenvolvida ao longo do tempo, mas é justamente essa opção que o projeto da Casa Cove busca desafiar. Optamos por expressar e celebrar a borda por meio de um gesto tátil grandioso que atrai o engajamento e comunica a materialidade da casa aos vizinhos que passam. Um telhado cônico muito detalhado flutua intencionalmente sobre a parede de concreto, acrescentando refinamento ao concreto robusto e, ao mesmo tempo, reduzindo a escala visual do edifício. Isso ajudou a situar a casa em seu contexto doméstico.
A demanda do cliente pedia uma casa rica e tátil em termos materiais, que refletisse seu amor pela arquitetura subtropical através da interação espacial entre interior e exterior. O tom dessa relação se define logo no início, quando a parede de concreto guia os visitantes através de uma sala-jardim externo virado para a rua. O sucesso desses espaços de jardim foi em grande parte o resultado de um planejamento e da coordenação com o consultor de paisagismo em relação à seleção e ao layout das espécies. A sala-jardim é o primeiro limiar entre público e privado.
Uma fina tela de madeira sugere acolhimento, enquanto o céu aberto, a vista da água e a imersão imediata no paisagismo tropical provocam um sentimento de engajamento e conexão. Nesse ponto, a porta que de fato da acesso ao interior não foi alcançada e, no entanto, você se sente como se tivesse entrado na casa. O programa deste espaço acomoda a entrada privada de dois dormitórios através de um hall externo. Estes são separados visualmente e fisicamente da sequência de entrada pública principal por uma série de jardins. Esses jardins continuam no coração da casa, reforçando ainda mais a relação sempre presente entre o espaço interno e externo, enquanto continuam a demarcar o espaço público do privado.
O térreo da casa é articulado e serpenteia entre cotas, amarrando os espaços e envolvendo o habitante em um convite à reflexão. Essa estratégia responde em parte à demanda ao permitir que a casa tenha flexibilidade para acomodar um uso cotidiano íntimo e também encontros sociais maiores. Um único plano de cobertura flutuante organiza os vários espaços criados por essa articulação do térreo. A força e a simplicidade do plano do telhado foram fundamentais para o projeto e foram alcançadas por meio de uma colaboração próxima com a equipe de engenharia estrutural.